sábado, 20 de abril de 2013

Boston: o perfil de um terrorista

Um dos suspeitos do ataque terrorista em Boston, o jovem de origem tchetchena Tamerlan Tsarnaev, disse que não tinha “um único amigo” nos Estados Unidos. Ele morreu durante uma troca de tiros com a polícia na manhã desta sexta (19). O outro suspeito do atentado é o irmão mais novo de Tamerlan, Dzhokhar Tsaenaev, 19, que continua foragido. A ação, realizada na tarde de segunda (15), deixou um saldo de três mortos e 176 feridos. Tamerlan era apaixonado por boxe. Em um perfil publicado em uma revista local em 2008, o jovem estudante de engenharia da faculdade comunitária de Bunker Hill, em Boston, afirma que deixou os estudos por um semestre para se dedicar a campeonatos estudantis do esporte. “Se eu ganhar um monte de lutas poderia me tornar cidadão dos Estados Unidos para competir na Olimpíada”, disse Tamerlan Tsarnaev. Ele e sua família deixaram a Tchetchênia no início dos anos 1990, devido ao conflito armado na região, e chegaram a viver por alguns anos no Cazaquistão, antes de se mudarem para os Estados Unidos.
Segundo conta reportagem da revista Slate, Tamerlan dizia se sentir isolado por manter um estilo de vida diferente da maioria dos jovens norte-americanos, por não fumar nem consumir álcool. “Eu sou muito religioso. Deus diz ‘não’ ao álcool’, disse ele. “Mas não há mais valores e as pessoas não se preocupam mais em se portar bem.”
Após o anúncio dos ataques, o pai dos suspeitos, Anzor Tsarnaev, disse não acreditar que seus filhos estejam envolvidos no ataque. Ele defendeu o filho mais novo, que disse se tratar de um jovem inteligente e talentoso. “Meu filho é um verdadeiro anjo. Dzhokhar é estudante do segundo ano de medicina nos Estados Unidos. Ele é um garoto muito inteligente. Nós esperávamos ele para as férias.” [...]
Nota: Conforme destacou o amigo jornalista Ruben Holdorf, chama atenção o perfil do suspeito construído pelas autoridades norte-americanas e reproduzido pelas mídias subservientes. Tamerlan e a família dele deixaram a Tchetchênia no início dos anos 1990, devido ao conflito armado na região, e chegaram a viver por alguns anos no Cazaquistão, antes de se mudarem para os Estados Unidos. Segundo conta reportagem da revista Slate, Tamerlan dizia se sentir isolado por manter um estilo de vida diferente da maioria dos jovens norte-americanos, por não fumar nem consumir álcool. “Eu sou muito religioso. Deus diz ‘não’ ao álcool”, disse ele. “Mas não há mais valores e as pessoas não se preocupam mais em se portar bem.” Esse perfil condiciona as pessoas a pensar que ser diferente não é conveniente, é perigoso. De modo análogo, a mídia também mata a democracia com doses homeopáticas e condiciona o mundo a aceitar o autoritarismo ou alguma coisa em substituição à democracia das liberdades individuais e coletivas. De certa forma, Tamerlan tem o perfil de um "fundamentalista", e esses se tornam cada vez mais indesejáveis (assista isto).[MB]
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Fonte: http://www.criacionismo.com.br/2013/04/

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