A Internet faz mal à Vida Religiosa

Outro dia um padre amigo meu, encarregado da formação superior dos Religiosos da sua Congregação, ao final de um rápido bate-papo, expressou a sua preocupação em relação ao uso constante, e até abusivo, segundo ele, que os seus formandos mais jovens, sobretudo, fazem da internet. E as frases que ele disse foram mais ou menos estas:

“Eles ficam trancados dentro do quarto por várias horas navegando na internet. Às vezes, esquecem até das refeições...”

“Na hora da missa e das orações em comum estão quase todos distraídos e olhando pro relógio...”.

“Tem formando que passa a noite quase toda acordado na internet, quando chega de manhã, vai pra sala de aula cochilando...”

“Já tive casos de formandos que criaram perfis falsos na internet para manter relações amorosas...”

A frase é conhecida: contra fatos não existem argumentos. E o fato, queiramos ou não, é este: a internet veio para ficar. Não é questão de gosto, é questão de fato. Nos dias que correm (e como correm!), todo mundo precisa de um computador conectado à rede de alcance mundial.
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Excerto da Introdução do texto escrito pelo Padre Plutarco Almeida (jesuíta, jornalista, editor da revista Convergência. Blog? plutarcoalmeida.blogspot.com.) - março/2012 p.129.