quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O "rebelde da Igreja"

O ''rebelde da Igreja'' promete uma ofensiva em 2012
Até o fim do ano, a paz natalícia está assegurada.
 Para 2012, o "rebelde da Igreja" Helmut Schüller (foto)
 – que também é pároco em Probstdorf, Áustria –
anuncia uma ampla campanha de informação.

Monsenhor Schüller, com a Pfarrer-Initiative, convidou à "desobediência". Objetivo: modernizar a Igreja e a fé. Desde então, reformadores e conservadores continuam se confrontando.

Eis a entrevista.

O cardeal Schönborn disse que não se ganha nada com o seu pedido de abertura da Igreja. Ao contrário, ele fala de modernização superficial.
Rejeito absolutamente essa crítica. É uma acusação infundada.

Segundo uma pesquisa da Oekonsult, 76,5% dos fiéis estão do lado dos reformadores. Para o senhor, isso é um compromisso?
Os sinais da base são muito fortes. Esse interesse muito ativo nos reforça.

Até que ponto? Como vocês pensam em levar as reformas adiante?
Em 2012, começaremos uma ofensiva. Os pontos a serem reformados serão novamente levados à opinião pública. Também pedimos uma discussão entre o povo da Igreja e os bispos.

Os bispos: eles representam a Igreja nacional em Roma. O senhor está satisfeito com o trabalho das nossas mais altas autoridades eclesiásticas?
Elas não podem se comportar como se só recebessem ordens. Os nossos bispos não exploram até o fim as suas possibilidades.

Segundo a pesquisa, 80% dos 4.000 padres pedem a abolição do celibato obrigatório. O fim do celibato resolveria as preocupações pela falta de padres?
Facilitaria a escolha da profissão. E traria uma maior experiência de vida à pastoral. Quem deseja absolutamente viver de forma celibatária, pode fazer. Assim como, por exemplo, com as promessas de vida monástica.

Em 2011, prevê-se que os abandonos da Igreja cheguem a 55 mil pessoas. A Igreja está fora de moda?
Os fiéis estão decepcionados, furiosos e irritados com a imobilidade. A contribuição [financeira] para a Igreja também tem o seu peso. A fé e a Igreja não precisam se vender. Depende de como nos posicionamos, de como falamos com as pessoas. Por isso, haverá essa campanha de informação em 2012.

O senhor e a Iniciativa foram ameaçados de expulsão da Igreja. As consequências ainda são essas?
Não ouvi mais falar disso. É uma grande satisfação.

A Pfarrer-Initiative irá receber, em abril de 2012, o prêmio que é concedido pela fundação suíça Herbert-Haag. Essa é mais uma motivação?
Naturalmente. Porque o prêmio é dado pela "Liberdade na Igreja". As nossas ambições de reforma são conhecidas e reconhecidas internacionalmente dessa forma.
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A reportagem é de Michael Berger, publicada no sítio Kurier.at, 11-12-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Fonte: IHU on line, 15/12/2011

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