sexta-feira, 22 de julho de 2011

O impensável bate à porta

Reportagem de capa:

 Na fronteira do desenvolvimento tecnológico,
projeções da ciência convergem com temas filosóficos
e ideias oriundas da ficção científica.

O avanço da tecnologia tem efeitos surpreendentes, mas não de todo imprevistos. Nos momentos mais críticos desse avanço, as previsões da ciência, a imaginação dos autores de ficção científica e a especulação dos filósofos podem convergir. Hoje, cientistas e futurólogos veem no horizonte a concretização de ideias até ontem fantasiosas, como implantes cerebrais e as inteligências artificiais comparáveis à humana. Também poderá haver em breve cérebros conectados por cabos, máquinas que o pensamento pode comandar e ondas cerebrais copiadas para computadores.
A partir de suas pesquisas, o neurocientista Miguel Nicolelis escreve em seu livro recém-lançado, "Muito Além do Nosso Eu" (Companhia das Letras), que, graças às tecnologias de interface cérebro-máquina (ICM), "em algumas gerações, o desenvolvimento tecnológico capacitará nossos descendentes a realizar ações e experimentar sensações que poucos seriam capazes de imaginar hoje em dia". Nicolelis trabalha com a recuperação de faculdades perdidas por pacientes: "Esses pacientes poderão enfim recuperar, num futuro não muito distante, a mobilidade e a sensibilidade de seus corpos inertes, por meio do uso de uma série de neuropróteses". Mas, segundo o cientista, "as futuras aplicações de ICMs prometem avançar muito além dos limites da medicina".
Beto Nejme

Para o escritor inglês Simon Ings, "sem as ferramentas da ficção científica, está ficando difícil falar sobre o que acontece". Ings é autor de romances de ficção científica como "Hot Head" (1992) e "Headlong" (1999). Em "Headlong", Ings diz, da perspectiva do futuro, que "quando as máquinas tomaram conta, foi de uma forma tão rápida, suave e útil que só um tolo ou um profeta reclamariam". O historiador da ciência canadense George Dyson cita Ings para falar do presente. "As máquinas já tomaram conta. Se alguém do século XIX se materializasse hoje, diria que somos dominados pela inteligência artificial. Veria todo mundo fazendo o que manda seu iPhone."
"Se as coisas forem bem no planeta,
vamos merecer todos os elogios,
 mas se fizermos bobagem, nada e ninguém
pode levar a culpa por nós"

Não é comum a ficção científica se mostrar otimista. A maior parte das obras expressa preocupações com o potencial destruidor da fronteira tecnológica. Nicolelis lamenta as tendências negativas do gênero. "Qualquer ideia e qualquer tecnologia podem ser usadas para o mal. Aprendi na faculdade a usar uma caneta para fazer a traqueotomia, mas sei que ela também serve para perfurar a carótida de alguém. Se formos calibrar nosso modo de ação por esse risco, não vamos fazer nada, nem sairíamos de casa." Para o neurocientista, filmes como "Matrix" (1999) e "Blade Runner" (1982) produzem uma impressão negativa dos avanços tecnológicos. "Li muitas coisas tenebrosas sobre a ciência nos últimos anos. O medo virou moda e tem gente que o usa para se vender." Para o autor, o potencial construtivo e medicinal da pesquisa científica ultrapassa amplamente os riscos. "Existe uma oportunidade única para que o futuro seja muito melhor, se tomarmos nosso destino nas mãos. No livro, eu quis dar uma visão esperançosa e humanística."
As distopias são mais frequentes na ficção científica, segundo Ings, porque o gênero trabalha não com o futuro, mas com o presente. "O interessante no gênero não é o que ele inventa, mas o que não inventa", diz. A verdadeira arte da ficção científica, portanto, consiste em tomar as ideias que estão no ar e levá-las ao paroxismo. "O que acontece se formos até o fundo com isso? Eis a pergunta que um autor se faz." Segundo Colin McGinn, filósofo inglês, "há invenções que, quando surgem, parecem ótimas, mas, olhadas em retrospecto, dizemos: 'Céus, que horror!' O texto clássico a esse respeito é 'Frankenstein', de Mary Shelley, que explicita esse ponto: algo feito com ótima intenção, para o bem da humanidade, mas que resulta em catástrofe."
O "gênio maligno" foi a figura imaginada por René Descartes para introduzir o ceticismo que sua filosofia deveria derrubar. Como saber que todas as nossas percepções não são implantadas em nossa cabeça por esse gênio maligno, só para nos enganar? Descartes escreveu no século XVII e não podia imaginar as formas alternativas que seu personagem tomaria. A enorme matriz informática que comanda o mundo no filme "Matrix" nada mais é do que uma leitura cibernética do personagem de Descartes.
Vlademir Alexandre/ Agêncio Estado
O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis imagina um futuro em que a internet
 evoluirá para uma "brainet",
comunicando cérebros no mundo inteiro

"O ceticismo é assustador, por isso o ensino da filosofia começa por ele. Os alunos logo veem que podemos ser todos 'cérebros em provetas'", diz McGinn. O "cérebro na proveta" ("brain in a vat") é a imagem moderna do gênio maligno. Conservado vivo numa solução nutritiva, um cérebro recebe estímulos de um computador, que o leva a pensar que existe um mundo externo, que ele tem um corpo, que ele atravessou uma vida inteira e guardou lembranças dela. Como certificar-se de que não somos cérebros em provetas? "Os filósofos trabalharam muito nessa questão e posso dizer qual é a resposta: não há resposta."
Outro tema filosófico que segue atual é o solipsismo ou "ceticismo das outras mentes". Como uma pessoa consciente pode ter certeza de que as outras pessoas têm uma mente como a sua? Como se assegurar de que todos os outros não são autômatos, robôs feitos para agir como se tivessem emoções e consciência? O escritor de ficção científica americano Philip K. Dick explorou esse impasse em suas consequências mais extremas no livro "Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?" (1968). Adaptado para o cinema por Ridley Scott, o livro se tornaria "Blade Runner". Na história, autômatos com tecidos biológicos, consciência de si e memórias de infância se passam por humanos e só podem ser desmascarados com um teste bastante complexo.
Deixando de lado as projeções tenebrosas, a aplicação positiva mais próxima de se realizar para a interação entre o cérebro e as máquinas é a recuperação de pessoas com deficiências físicas. Nicolelis pretende desenvolver uma neuroprótese em forma de exoesqueleto a tempo de colocar uma pessoa até então paraplégica para dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014. "Dá tempo, só depende de conseguirmos o financiamento para as pesquisas", diz o neurocientista. Os resultados conseguidos até agora - um dispositivo pelo qual um primata controla um braço mecânico com o pensamento e a conexão, por cabos, dos cérebros de dois camundongos, entre outros - têm despertado o interesse das agências de financiamento, segundo Nicolelis, que se mostra otimista. "O desafio é menos complexo do que aquele anunciado por John Kennedy em 1963, de atingir a Lua. É importante estabelecer metas ambiciosas, não só para se motivar, mas também para engajar toda a sociedade para vitórias científicas."
A aproximação entre o corpo humano e a máquina desperta o interesse de teóricos tanto pelas possibilidades quanto pelas dificuldades que abre. No campo da filosofia da mente, o filósofo João de Fernandes Teixeira, professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e autor de "A Mente Pós-Evolutiva", discute a tendência à fusão do biológico com o tecnológico com o conceito de parabiose. "O ser humano produziu a civilização, que passou a reduzir a possibilidade de seleção natural. Por isso, o corpo humano e, em especial, o cérebro não podem mais mudar radicalmente", explica Teixeira. A realidade continua se modificando, não tanto pela evolução genética, mas pela associação homem-máquina, isto é, a parabiose. "Já vivemos acoplados a máquinas, mas a parabiose será um outro passo, quando introduzirmos de forma mais efetiva máquinas no nosso corpo, especialmente no nosso cérebro, para que ele possa se tornar mais poderoso."
Reprodução
No filme "Blade Runner", de Ridley Scott, androides com
inteligência avançada se fazem passar por seres humanos

Conceito semelhante foi trazido pela pensadora americana Donna Haraway no ensaio "Manifesto Ciborgue" (1985), que abriu portas para pensar o impacto político da tecnologia. Donna argumenta que a fronteira entre corpos e objetos é enganosa: a vida flui das pessoas para a matéria com que elas lidam. O ciborgue serve, portanto, como um paradigma para o futuro da humanidade. Donna propõe que seu texto seja um "mito político irônico, fiel ao feminismo, ao socialismo e ao materialismo". Seria um mito para derrubar outros mitos políticos. Como "não é feito de lama, nem pode sonhar em voltar ao pó", o ciborgue, para a autora, liberta-se das convicções que perpetuam a opressão das minorias.
Desde então, o ciborgue como conceito foi explorado de múltiplas formas por filósofos, autores de ficção científica e cientistas. Mas o caso mais radical é o do artista performático Stelarc, pseudônimo do australiano de origem cipriota Stelios Arkadiou. Ele testa até onde pode ir a absorção das máquinas pela vida, ou vice-versa. Na obra "Terceira Mão" (1980), o artista aparece com um membro suplementar, biônico, implantado em seu corpo e plenamente capaz de atividades como escrever no quadro-negro. Em 2007, ele apresentou "Orelha no Braço", que, como diz o nome, consiste numa cirurgia plástica que acoplou uma orelha feita de cartilagem humana ao antebraço do artista. A orelha não ouve, mas Stelarc manifestou a intenção de instalar um pequeno microfone no orifício, para gravar os sons que seriam captados no braço.
Assim, se a filosofia da mente discute a possibilidade de extensão do pensamento, Stelarc propõe a extensão do corpo, na linha do antevisto por Donna Haraway em seu ensaio. "O próprio ouvido já é um dispositivo que responde a estímulos externos e se comunica com o cérebro. Seria possível ouvir sem ouvido: bastaria saber como transformar som em impulsos elétricos - isso já sabemos -, depois aprender a transmitir esse impulso de maneira compreensível para o córtex auditivo", explica McGinn. "O mesmo poderia valer para tudo no corpo." Com os aparelhos desenvolvidos nos laboratórios de Miguel Nicolelis, o neurocientista estima que em breve será possível manusear ferramentas muito pesadas usando apenas o pensamento, conectado diretamente às máquinas.
João Teixeira aborda a questão política do ciborgue da perspectiva dos circuitos econômicos contemporâneos: "As consequências políticas da parabiose são muitas. A humanidade pode se dividir em duas: a dos seres aperfeiçoados ('enhanced'), que receberam próteses dos mais variados tipos e que os tornam mais poderosos, e aqueles que não as receberam. Quem não tiver recursos financeiros não poderá adquirir próteses. É um cenário terrível, mas o mais provável, infelizmente", estima. Para o filósofo, problemas históricos da humanidade, como a desigualdade e a exploração, não têm motivo para desaparecer. "O mundo pós-evolutivo não será nem melhor nem pior do que o que temos agora. Será outra coisa. Mas o desenvolvimento dessas novas tecnologias não significará um aumento da felicidade."
Divulgação
O tema do ciborgue, organismo cibernético, é explorado
pelo artista performático australiano Stelarc
em obras como "Terceira Mão"

Se a especulação filosófica e a imaginação literária às vezes precedem avanços científicos, as descobertas da ciência também instigam a reorganização do pensamento. Em 1998, o pensador italiano Luciano Floridi escreveu o livro "Filosofia e Computação", em que advogava o desenvolvimento do campo que hoje se chama filosofia da informação. "Ao entender melhor nossa própria natureza informacional e a de nosso ambiente, com os agentes que interagem conosco, poderemos superar muitas formas de dualismo que nos incomodam, como o conflito entre natureza e técnica", diz Floridi. "Essas polaridades pertencem a culturas ainda sem a moldura conceitual adequada para sintetizar o particular e o universal, as diferenças e as identidades, centros e periferias." Floridi trabalha na confluência da filosofia, das ciências da computação e da teoria da informação. "Temos de aprender a usar e interagir com nossas tecnologias. Elas se desenvolveram mais rápido do que nossas melhores práticas, mas não podemos subestimar a plasticidade humana."
Colin McGinn chama atenção para o fato de que as previsões distópicas também funcionam retrospectivamente. "Quando inventaram o automóvel, ninguém imaginou o número incrível de carros que estariam nas ruas em cem anos, que ele destruiria o planeta, as cidades, o ar que respiramos. Mas não é tão imprevisível. Alguém poderia ter dito: essa máquina funciona com gasolina, que é petróleo e produz fumaça. E se houvesse centenas de milhões deles rodando no mundo todo?"
A conexão de cérebros por cabos, conseguida nos laboratórios de Nicolelis com camundongos, leva o cientista a imaginar um futuro em que, "sentado na varanda de sua casa de praia, de frente para seu oceano favorito, você poderá conversar com uma multidão, fisicamente localizada em qualquer parte do planeta, por meio de uma nova versão da internet (a 'brainet'), sem a necessidade de digitar ou pronunciar uma única palavra". O professor João de Fernandes Teixeira enxerga aplicações revolucionárias da conexão com o cérebro no campo da educação. "A parabiose será uma alternativa aos nossos métodos educacionais obsoletos, nos quais a transmissão de informação é mediada pela linguagem humana nas salas de aula. Os implantes de chips permitirão a transmissão rápida de informação para os cérebros humanos, livrando a educação, em boa parte, de ter de ser uma longa e sofrida recapitulação de grande parte do conhecimento humano."

"É por isso que descrevi a humanidade
como uma espécie de demiurgo,
para usar um termo de Platão.
Isto é, uma divindade poderosa,
mas não onipotente, capaz de dar forma
a um mundo maleável e
mais antigo que ele."
- Alan Turing -

A projeção não vem, no entanto, sem uma ressalva. "Quem fará esses implantes de chips? Grandes corporações? Ou o Estado, talvez, que tentará manter o monopólio da informação à qual os cidadãos poderão ter acesso? É possível também que o Estado se utilize desses chips para controlar e manipular o comportamento de seus cidadãos. Esse é um risco inevitável inerente não só à parabiose como também a outros tipos de neurotecnologias futuras que permitam a observação e a intervenção no cérebro humano."
Em teoria, a conexão direta de cérebros poderia levar não só a conversas por meio da "brainet", mas a algo parecido com uma fusão de mentes. "Num futuro longínquo, não é impossível. O próprio cérebro é composto de dois hemisférios conectados por um feixe de fibras, o corpo caloso. Existe uma patologia conhecida como 'cérebro partido', em que essa conexão é cortada. Então, já somos naturalmente dois cérebros unidos", diz o filósofo Colin McGinn.
Em 1938, o escritor inglês H. G. Wells, um dos pais da ficção científica, imaginou o surgimento de um "cérebro mundial" -, uma grande enciclopédia, acessível para todos ao redor do mundo e incorporando rapidamente todo o conhecimento que surgisse. Em 1962, na obra "Perfis do Futuro", o autor americano Arthur C. Clarke, de "2001, Uma Odisseia no Espaço", atualizou a previsão de Wells: esse "cérebro mundial" seria disponível até 2000 em terminais de computador. Em 1991, a equipe de Tim Berners-Lee no Cern (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear) lançou a "world wide web" (www), âmago da internet, através da qual computadores se comunicam em todo o planeta. Dez anos mais tarde, estreava a Wikipédia de Jimmy Wales, enciclopédia colaborativa que recebe atualizações diárias e hoje se vangloria de ter cerca de 3,7 milhões de artigos em sua versão de língua inglesa.
Para George Dyson, o cérebro mundial pode ser mais do que um mero repositório do conhecimento humano. A própria internet, crescendo e ficando mais veloz, caminha para se tornar uma inteligência autônoma. "A ideia parece absurda, mas é questão de escala de tempo. Nossa consciência tem ciclos de frações de segundos ou algumas décadas. Mas o que seria uma inteligência de poucos nanossegundos ou muitos séculos? Não temos como saber. Como se comunicar com uma inteligência assim? Talvez nem sejamos capazes de reconhecê-la", argumenta Dyson.
No livro "A Catedral de Turing", com lançamento previsto para 2012, o historiador discute a possibilidade de que a internet esteja caminhando para a inteligência. "Quando entrei na sede do Google", escreve Dyson, "senti como se estivesse entrando numa catedral medieval. Não durante o século XIV, quando essas catedrais ficaram prontas, mas no século XII, quando começaram a ser construídas".
O título da obra de Dyson remete ao matemático inglês Alan Turing, nome central na história tecnológica do século XX. Seus maiores feitos foram a quebra do código nazista Enigma durante a Segunda Guerra Mundial - determinante para a vitória dos aliados - e a invenção do mecanismo que é considerado o embrião do computador. Turing propôs um método para determinar quando as máquinas chegariam a uma inteligência semelhante à humana. Um ser humano conversando com outras pessoas através de um terminal - hoje, o termo usado seria "chat" - vota se os interlocutores são humanos também ou programas de computador. O matemático estimou que até o ano 2000 os computadores seriam capazes de confundir seus juízes em 30% das conversas, fazendo-se passar por humanos.
"A vitória do computador no teste de Turing pode acontecer eventualmente, por que não?", diz McGinn. "Mas isso não deverá acontecer tão cedo. Hoje, qualquer previsão a respeito de inteligência e consciência artificiais é baseada em pressupostos vagos, porque simplesmente não sabemos como a consciência surge no cérebro. Tem algo sobre o cérebro que estamos deixando passar." McGinn lembra que o cérebro funciona com eletricidade e elementos químicos, mas nem a energia elétrica, nem a química têm o hábito de produzir consciência. "Isso também vale para os neurônios. O que há nos neurônios que os habilita a produzir consciência? Não sabemos. Até no estômago podemos encontrar neurônios, mas ninguém estima que o estômago tenha consciência."
Para driblar o tradicional problema da relação entre o cérebro e a mente, Dyson recupera uma ideia de Alan Turing, segundo o qual o ser humano não produz mais espíritos ao construir computadores do que quando põe bebês no mundo. "Tudo que podemos fazer é criar máquinas. A mente vem de outro lugar." Ainda assim, a obrigação ética do ser humano se expande paralelamente a seus poderes criativos, segundo Luciano Floridi, que cunhou a expressão "ética aumentada". "Quanto mais sabemos e podemos fazer através da ciência e da tecnologia, mais nos tornamos responsáveis pelo que deve ou não acontecer à nossa volta. É por isso que descrevi a humanidade como uma espécie de demiurgo, para usar um termo de Platão. Isto é, uma divindade poderosa, mas não onipotente, capaz de dar forma a um mundo maleável e mais antigo que ele. Se as coisas forem bem no planeta, vamos merecer todos os elogios, mas se fizermos bobagem, nada e ninguém pode levar a culpa por nós. Isso é uma carga muito pesada, que nenhuma geração futura deveria ter de carregar."
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Reportagem por Diego Viana - De São Paulo
Fonte: Valor Econômico, 22/07/2011 › Impresso › EU& Fim de semana › Cultura

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